Prazo para sacar o abono salarial PIS/Pasep 2025 termina: veja quem tem direito e o que mais pode estar em jogo após a demissão

O prazo para o saque do abono salarial PIS/Pasep 2025 termina nesta segunda-feira, e milhares de trabalhadores brasileiros ainda correm o risco de perder um dinheiro que é direito garantido por lei.

EQUIPE DEMITIDOS

12/27/20253 min read

Prazo para sacar o PIS/Pasep 2025 termina: veja quem tem direito e como evitar perder outros valores trabalhistas

O prazo para o saque do abono salarial PIS/Pasep 2025 termina nesta segunda-feira, e milhares de trabalhadores brasileiros ainda podem perder um benefício garantido por lei por falta de informação ou orientação adequada. De acordo com informações divulgadas pela IstoÉ Dinheiro, o abono salarial é destinado a trabalhadores que exerceram atividade com carteira assinada em 2023, receberam em média até dois salários mínimos por mês e tiveram seus dados corretamente informados pelo empregador nos sistemas oficiais do governo. O valor do benefício pode chegar a um salário mínimo, proporcional ao número de meses trabalhados no ano-base. Após o encerramento do prazo, o trabalhador perde o direito ao saque.

Quem tem direito ao abono salarial PIS/Pasep 2025

Tem direito ao abono salarial o trabalhador que cumprir todos os seguintes requisitos: ter trabalhado com carteira assinada por, no mínimo, 30 dias em 2023; ter recebido, em média, até dois salários mínimos por mês; estar inscrito no PIS ou Pasep há pelo menos cinco anos; ter os dados corretamente declarados pelo empregador na RAIS ou no eSocial. O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal aos trabalhadores da iniciativa privada. Já o Pasep é pago pelo Banco do Brasil aos servidores públicos.

O encerramento do prazo e os riscos de perdas financeiras silenciosas

O término do prazo para saque do PIS/Pasep evidencia um problema recorrente no mercado de trabalho brasileiro: a perda de direitos trabalhistas por falta de informação, falhas cadastrais ou ausência de conferência no momento da demissão. Especialistas apontam que o não saque do abono salarial, muitas vezes, não ocorre por desinteresse do trabalhador, mas por inconsistências nos dados enviados pelo empregador, desconhecimento dos critérios legais ou falhas no processo de desligamento. Esse cenário acende um alerta para outros valores que podem não ter sido corretamente quitados na rescisão do contrato de trabalho.

Verifique seus direitos trabalhistas

Muitos trabalhadores descobrem tardiamente que valores importantes ficaram para trás após a demissão, seja por erro de cálculo, falta de informação ou inconsistências administrativas. Além de benefícios como PIS/Pasep e FGTS, podem existir diferenças relacionadas a: verbas rescisórias; multa de 40% do FGTS; horas extras não quitadas; diferenças salariais; indenizações previstas em convenções coletivas; contratos suspensos ou encerrados em períodos excepcionais, como a pandemia. Plataformas de orientação trabalhista, como o Demitidos, atuam no apoio ao trabalhador para avaliar se todos os direitos foram corretamente pagos, com análise individual e linguagem acessível. > Conferir direitos não é conflito. > É prevenção.

PIS/Pasep não sacado pode indicar outros problemas na rescisão

Mesmo nos casos em que o trabalhador perde o prazo para saque do abono salarial, a situação pode revelar falhas mais amplas, como: dados incorretos no cadastro trabalhista; erro no cálculo da rescisão; ausência de pagamento de verbas obrigatórias; descumprimento de normas coletivas; impacto de demissões em massa ou contratos atípicos. Por isso, especialistas reforçam que *cada caso deve ser analisado individualmente**, pois erros podem permanecer ocultos por anos, gerando prejuízos financeiros relevantes.

FGTS, verbas rescisórias e outros direitos além do abono


O abono salarial não deve ser analisado de forma isolada. Em muitos desligamentos, o trabalhador recebe apenas parte do que lhe é devido, sem perceber que: o FGTS pode ter sido recolhido a menor; a multa rescisória pode estar incorreta; o aviso-prévio pode não ter sido corretamente indenizado; valores previstos em acordo ou convenção coletiva não foram pagos. Essas situações são mais comuns em períodos de alto volume de desligamentos, quando erros operacionais se tornam frequentes. --- ## Orientação correta faz diferença no pós-demissão O encerramento do prazo do PIS/Pasep 2025 reforça um ponto essencial: direitos trabalhistas exigem acompanhamento ativo do trabalhador. Consultar benefícios disponíveis é apenas o primeiro passo. O segundo é garantir que nenhum outro valor tenha ficado retido ou pago de forma incorreta no momento da demissão. Iniciativas de orientação trabalhista ajudam o trabalhador a compreender sua situação de forma clara, preventiva e informada, evitando perdas financeiras silenciosas e garantindo maior segurança jurídica.

Informação é proteção

Saber se o PIS/Pasep está disponível é importante. Mas entender se todos os direitos trabalhistas foram corretamente quitados é fundamental. Em um cenário de mudanças constantes no mercado de trabalho, informação, conferência e orientação adequada são ferramentas essenciais de proteção ao trabalhador.

Fonte: Isto é Dinheiro